Por Edna Simão e Eduardo Campos | Valor
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou positivo o crescimento de 1,5% da produção industrial na comparação com julho e disse que a tendência é de que isso se mantenha nos próximos meses.
“O crescimento mostra que estamos em um gradual aquecimento da economia brasileira. Estamos deixando para trás a condição de piora para a indústria”, disse.
Segundo o ministro, a pior fase para a indústria já passou. A demanda por bens industriais e bens duráveis e de consumo aumenta, assim como a exportação de bens manufaturados.
De acordo com o ministro, a desoneração da folha de pagamento e o câmbio em patamar mais favorável estão ajudando as exportações. “A desoneração da folha favorece a exportação, porque desonera produto exportado”, disse.
Mantega também citou o índice de confiança do empresariado, que aponta para crescimento da indústria. “Deixamos para trás o período de crescimento fraco, agora o crescimento começa a acelerar e vai nessa direção até o fim do ano.”
Apesar do crescimento de 1,5%, o resultado ficou abaixo do previsto pelos analistas de mercado. Os economistas consultados pelo Valor Data previam avanço de 2,09%, com intervalo de projeções entre 1,6% e 2,6%. De acordo com Mantega, os analistas projetaram “mal o número”.
De acordo com o ministro, não fosse a revisão dos dados de julho, que saíram de crescimento de 0,3% para 0,5%, o resultado de agosto teria apontado crescimento maior. “O crescimento de 1,5% é bom, é forte e vai se manter para nos próximos meses.”
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