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Poupança tem maior captação da história em junho e no 1º semestre

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Os depósitos em caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 9,45 bilhões em junho deste ano e em R$ 28,27 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (4) pelo Banco Central.

O resultado de junho representa recorde para um mês fechado e o do primeiro semestre de 2013 também é o maior valor já captado para os seis primeiros meses de um ano. A série histórica da autoridade monetária para a poupança tem início em 1995.

Até o momento, o maior valor líquido (depósitos menos retiradas) de ingresso mensal na poupança havia sido registrado em dezembro de 2012 (R$ 9,2 bilhões). Para o primeiro semestre, o recorde anterior foi apurado também no ano passado (R$ 15,4 bilhões). Em comparação com os seis primeiros meses de 2012, houve um crescimento de 82,5% na captação da poupança.

Aplicações, resgates e saldo da poupança
Em junho, de acordo com o BC, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 116,04 bilhões, ao mesmo tempo que as retiradas de recursos totalizaram R$ 106,59 bilhões. Já o volume dos rendimentos creditados nas contas dos investidores somou R$ 2,34 bilhões no mês passado.

Com o ingresso de recursos em junho deste ano, junto com o rendimento creditado na conta dos poupadores, o volume total de recursos aplicados na caderneta de poupança atingiu R$ 538 bilhões no fim do mês passado. No fechamento de 2012, o estoque de recursos na poupança totalizava R$ 496 bilhões e, em maio, atingiu a marca dos R$ 526 bilhões.

Mudança de regras
Os números do BC mostram que a caderneta de poupança continua atraindo investimentosmesmo com a mudança do formato de rentabilidade, feita pelo governo em maio do ano passado.

A nova regra do governo atrelou o rendimento da poupança à taxa básica de juros da economia definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), para evitar que outras aplicações financeiras de renda fixa perdessem atratividade frente à poupança em função da queda do juro básico.

Os recursos depositados a partir de 4 de maio de 2012 rendem o equivalente a 70% da Selic mais Taxa Referencial (atualmente zerada). Esse novo formato de rendimento da poupança foi aplicado, porém, somente quando a taxa básica de juros, definida pelo Banco Central, atingiu 8,5% ao ano – acionando o chamado “gatilho” para a mudança.

Com a Selic atualmente em 8% ao ano, a rentabilidade da poupança está em 5,6% ao ano. Pela regra anterior, que vigorava desde 1991, a poupança não podia render menos de 6,17% ao ano, mais TR. Mesmo com a mudança do rendimento da poupança, a modalidade continuou isenta do Imposto de Renda, e os recursos podem ser retirados a qualquer momento.

Pequeno investidor
Mesmo com rendimento menor, especialistas avaliam que a caderneta de poupança ainda é uma boa opção de investimento para pequenos poupadores, para pessoas que buscam aplicações de curto prazo ou que procuram formar um “fundo de reserva” para emergências – uma vez que não há incidência do Imposto de Renda.

Nos fundos de investimento, ou até mesmo no Tesouro Direto, programa do governo de compra de títulos públicos pela internet, há cobrança do IR e, na maior parte dos casos, de taxa de administração. Nos fundos de investimento e no Tesouro Direto, o IR incide com alíquota regressiva, ou seja, quanto mais tempo os recursos ficarem aplicados, menor é o valor da alíquota incidente no resgate.

Especialistas observam, entretanto, que os rendimentos da poupança estão perdendo para a inflação. Isso já ocorreu no ano passado e a expectativa é de que aconteça novamente em 2013. A inflação esperada para este ano, pelo mercado financeiro, com base no IPCA, é de 5,87% – acima do rendimento de 5,6% ao ano com a nova taxa de juros (8% ao ano).

Embora tenha perdido um pouco de atratividade com a alta recente da taxa de juros, a poupança vai ter um rendimento superior aos dos fundos na “maioria das situações”, segundo levantamento da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Fonte: G1