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Indústria recupera vendas com medidas do governo

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Por Marta Watanabe De São Paulo

Menos afetada pela queda de preços, a exportação de manufaturados também se beneficiou com a reação nos volumes de venda ao exterior de alguns segmentos da indústria de transformação.

Em março, 12 dos 23 segmentos da indústria de transformação analisados pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex) registraram queda no volume de exportação em relação a igual mês de 2011. Nos meses seguintes, a retração cresceu e atingiu, respectivamente, 14 segmentos em abril e maio, subindo para 20 setores em junho. Em julho e agosto a tendência se inverteu e houve redução em nove e dez segmentos, respectivamente, indicando que a maioria dos setores exportou, em volume, mais do que nos mesmos meses de 2011. Para Rodrigo Branco, economista da Funcex, a recuperação resulta, em alguns segmentos, das medidas do governo, como a desoneração de folha e o Reintegra.

Segundo dados da Funcex, os básicos têm sido mais afetados pelos preços. No acumulado até agosto em relação ao mesmo período do ano passado o preço médio de exportação dos básicos teve redução de 6,5%, enquanto os semimanufaturados tiveram redução de 4%. Com o dólar mantido próximo de R$ 2 e as medidas tributárias do governo federal, o grupo de manufaturados passou a ter queda de preço desde julho, mas no acumulado do ano ainda tem alta de 1,8%.

Lia Valls, professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), lembra que a queda de preços dos produtos básicos é, na verdade, muito influenciada pelas commodities. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, no acumulado até agosto o preço de exportação de uma cesta de 23 commodities (entre produtos básicos e industrializados) caiu, em média, 6,2%. A queda foi bem maior que a redução de 2,9% no preço médio das exportações totais, segundo cálculo da Funcex. A cesta calculada pelo Ibre responde por cerca de 60% da exportação brasileira.

Atualmente, lembra Lia, 92,2% dos básicos exportados são commodities. Por isso, uma variação muito grande no preço das commodities acaba tendo resultado no preço médio dos básicos. Nos semimanufaturados a participação também é relevante, de 72%. Nos manufaturados, é de apenas 15%.

Silvio Campos Neto, economista da Tendências, acredita que a elevação de exportação aos americanos explica parte da melhor evolução dos manufaturados. Ele acredita que isso é resultado da recuperação, embora ainda muito lenta, dos Estados Unidos. A Tendências estima crescimento americano de 2% para 2012 e 2,3% para 2013. Segundo dados do Mdic, cerca de 45% da exportação brasileira aos americanos é de manufaturados. “É bom lembrar, porém, que a maior parte da pauta brasileira de exportação é formada por básicos e isso não deve mudar tão cedo.” (MW)

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