Após milhares de pessoas protestarem contra o aumento da tarifa do transporte público pelas ruas do país, diversas cidades anunciaram uma redução no valor das passagens.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) informaram que a tarifa de ônibus, metrô e trens de São Paulo voltará a custar R$ 3,00. O anúncio foi feito após negociação entre as autoridades.
As novas tarifas começarão a valer na próxima segunda-feira (24). A integração pelo Bilhete Único voltará ao valor de R$ 4,65, mesmo para quem carregou o cartão após o aumento.
Eduardo Paes (PMDB) e Sérgio Cabral (PMDB) também anunciaram nesta quarta-feira a redução das tarifas do transporte público no Rio de Janeiro. O valor dos ônibus, que estavam em R$ 2,95 desde o início do mês, volta para R$ 2,75.
As passagens das barcas, que custavam R$ 4,80, voltam ao preço anterior, de R$ 4,50; o metrô voltará a custar R$ 3,20 (tinha aumentado para R$ 3,50); e as tarifas de trem voltam a custar R$ 2,90 (custavam R$ 3,10).
Em Cuiabá, Recife e João Pessoa, a redução, que foi anunciada na terça-feira (18), se baseou em medida do governo datada de 1º de junho, quando as alíquotas do PIS/Pasep e Cofins para o setor de transportes foram zeradas.
Também na terça-feira (18), o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), anunciou um redução de R$ 0,05. Segundo o prefeito, o município irá isentar o serviço de transporte de ônibus do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), o que provocaria uma diminuição do valor dos bilhetes para R$ 2,80. Com a isenção do imposto, o município deixará de arrecadar R$ 15 milhões anuais.
Rio, Recife e São Paulo tiveram as maiores reduções: 6,8%, 6,7% e 6,25%, respectivamente. No Recife, a tarifa tem quatro valores diferentes, dependendo do itinerário.
Fonte: Folha de S.Paulo